terça-feira, 16 de junho de 2009

Fragmento 11: Comportamentos repetidos?!


Quando Jesus está falando a Igreja de Éfeso Ele coloca algumas atitudes admiráveis:
1- A perseverança;
2- Luta contra o engano e os enganadores;
3- Suportar provas por causa do nome de Jesus;
4- E não se deixa esmorecer.


Trata-se de um currículo invejável, não é?!


Muitos de nós, não temos todos estes pontos a considerar de nossas condutas, porém, o texto segue quando Jesus afirma que a única coisa que Ele tem contra a Igreja de Éfeso é que abandonaram o primeiro amor.


Não sei você, mas quando li este texto e meus olhos fecharam nesta informação, fiquei muito impactado e confrontado: como uma igreja com todas essas praticas pode ter abandonado o primeiro amor?


Precisamos cuidar, podemos estar sendo movidos apenas pela repetição comportamental, por uma simples consciência do que deve ser feito, por questões religiosas, por praticas habituais e por muitos outros motivos, até mesmo por amor, mas um amor que tem se esfriado a cada dia. Até agora a pouco, estávamos falando sobre racionalidade e sobre não sermos guiados por emoções, agora, quero falar com você sobre sermos guiados pelo amor. Quantos de nós temos paradigmas formados pelo famoso ditado que diz que o amor é cego? O amor não só não é cego, como é racional.


Deus não se acostuma de fazer algumas coisas, e, então, começa a fazer apenas por repetição de comportamento, mas Ele esta sempre sendo movido por amor, logo, devemos buscar n’Ele sermos movidos da mesma forma.


Nossas obras não dizem nada por si só, mas elas podem e devem ser reflexo deste amor racional na pratica da vontade e dos princípios de Deus.


Lembre-se que quando Jesus confrontava os fariseus e doutores da lei, seu maior confronto era ao fato que eles guardavam a lei em suas ações e não em seus corações. Jesus veio internalizar esta lei, porque Deus não nos chamou a um relacionamento onde apenas obedecemos as suas ordens, mas a um relacionamento onde somos movidos por este amor racional.


Outra parte deste versículo que me chamou a atenção foi quando Jesus os advertiu a perceberem onde caíram, a se arrependerem e voltarem a pratica das primeiras obras. Este é um processo que muitas vezes nós não escolhemos passar, lamentamos nosso pecado, até nos arrependemos deles, mas não paramos para avaliar onde caímos e recomeçarmos com uma mente e postura transformados. Tenho acompanhado algumas pessoas num processo de aconselhamento, quando elas caem na pratica de algum pecado que consideram grave, e, até mesmo tenho me observado nisso, muitos de nós somos excelentes em diagnósticos e sabemos qual é o nosso pecado, os prejuízos dele e como agirmos após a pratica deles, mas não somos tão bons em prevenirmo-nos deles, em agirmos antes e em evitarmos nossos pecados. Esta prevenção não pode ser e não vai ser fruto apenas de comportamentos aprendidos e repetidos, vai ser fruto do amor que sentimos por Deus. Muitas vezes o pecado realmente traz prazer, mas quando amamos, sabemos que este prazer não se compara ao prazer de andar segundo a vontade de quem amamos, a vontade Deus.


Você e eu precisamos parar diante de Deus e deixarmos que Ele nos sonde por meio de seu Espírito, pra que possamos retomar o nosso primeiro amor e deixarmos que Ele nos guie, racional e soberanamente, em nosso relacionamento com o Pai.


O nosso primeiro amor é fundamental para que possamos nos sentir a vontade diante d’Ele, caso contrário, viveremos um relacionamento mecânico, cheios de medo e sem nenhuma intensidade e profundidade.

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