quarta-feira, 27 de maio de 2009

Fragmento 5:Nossas penitências cristãs!


Ele prometeu e bem sabemos o que Ele costuma fazer quando promete: Ele cumpre tudo o que diz. Porém, uma vez que fizemos a escolha por um estilo de vida independentes de Deus, se não refizermos esta decisão de uma forma completa, ainda tentaremos andar com Ele movidos por este estilo de vida. Assim, acabamos por procurar nossos próprios caminhos para uma mudança de vida. É nesta tentativa que nascem nossas penitencias cristãs. Quando os nossos jejuns e nossas orações diárias são como uma troca pelo perdão de Deus e acabamos por achar que temos o suficiente para pagar por nossas próprias vidas.
Durante algum tempo de minha vida, mais ou menos dos 13 (quando me converti) aos 19 anos, levei uma vida com Deus acreditando que eu tinha que fazer para ser merecedor de seu amor e de seu perdão. Realmente não acreditava que somente depois de fazer alguma coisa Ele me perdoaria ou me amaria, eu já tinha entendido que seu amor era incondicional, mas ficava constrangido de tal forma que acreditava que Ele estava esperando ver se realmente estava valendo à pena. Cada vez que tinha que confessar o mesmo pecado era como se Ele estivesse a ponto de desistir. Muitas vezes eu acreditei ter ouvido a voz de Deus dizendo que dá próxima vez Ele moveria de mim o meu chamado. Isto me causava choro incontido e raiva disfarçada, pela aparente chantagem, mas como um bom religioso, nunca conseguia ver que isto era raiva, acreditava ser a minha luta contra o pecado.
O contexto deste fato é que meu pai, por muitos anos da minha infância, esteve na prática do adultério, momentos em que me sentia trocado. Vivi como um filho que por mais que negasse, precisava ser amado por seu pai. Então, comecei fazer por merecer seu amor. Como ele sempre era muito bom em tudo que fazia, estava lá eu sendo exigente comigo para que eu fosse o melhor em tudo que eu fizesse para que ele visse que valeria me amar. Quando comecei a me relacionar com Deus como pai, acreditei, até inconscientemente, que seria o mesmo para com Ele.
Até que um dia, eu resolvi estudar o livro de Romanos, que fala muito sobre a Graça de Deus. Foi ai que uma verdade me saltou aos olhos e me penetrou ao coração: percebi que se eu desejasse pagar pelo amor de Deus e por todos os seus benefícios, eu era livre para fazê-lo, mas precisava entender que não teria o suficiente pra isso. Pior, depois de uma vida inteira de esforços, perceberia que teria sido em vão.

Um comentário:

  1. Cris, você é usado pro Deus para que os homens o conheçam melhor :)
    Ao ler esses fragmentos fico cada vez mais empolgada para ler seu livro!
    Bjs
    Ellen

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